Estratégia e Confiança para Fazer Negócios no Brasil
O que empresários de fora precisam entender antes de buscar parcerias
Recentemente, me perguntaram qual deveria ser a postura ideal de empresários que desejam fazer negócios ou parcerias no Brasil. Uma pergunta simples, mas com camadas estratégicas importantes.
Depois de mais de uma década vivendo no Brasil, atuando em projetos que conectam mercados africanos e latino-americanos, o que posso afirmar com convicção é:
fazer negócios no Brasil exige mais do que uma boa proposta. Exige intenção, preparo e credibilidade.
1. No Brasil, negócios ainda passam (e muito) pela confiança como em Moçambique
A cultura brasileira valoriza o relacionamento. Não é raro que, antes de qualquer avanço comercial, haja uma etapa não oficial de “validação humana”. Aqui, o empresário ou executivo que demonstra clareza, respeito pelo contexto local e visão de médio/longo prazo se destaca naturalmente.
2. Em qualquer setor, tecnologia é ponto de atenção (e diferenciação)
Independentemente do segmento — seja indústria, saúde, educação, logística, agro ou serviços — existe hoje uma expectativa crescente de que as empresas estejam atualizadas com as tecnologias relevantes do seu setor.
Não se trata apenas de digitalização, mas de inovação aplicada à realidade do negócio: novos métodos de produção, gestão integrada, automação, rastreabilidade, sustentabilidade, inteligência de dados ou experiência do cliente, por exemplo.
Empresários que demonstram familiaridade com as inovações específicas de sua área mostram que estão preparados para construir parcerias sólidas, competitivas e com visão de futuro. Isso comunica mais do que qualquer apresentação: comunica mentalidade atualizada.
3. O momento da “pesquisa pós-reunião” acontece sempre
Essa talvez seja a parte mais negligenciada por quem deseja fazer negócios no país.
Após uma reunião ou troca de contatos, o próximo passo do brasileiro é quase automático:
🔍 Ele vai ao Google.
📱 Ele checa o Instagram.
💼 Ele procura no LinkedIn.
E aqui entra um ponto crítico:
Se não há presença digital clara e organizada, a oportunidade esfria.
Já não se trata apenas de comunicação, mas de construção de confiança para decisões de negócio.
4. Branding não é cosmético. É parte da estratégia de negócios.
Muitas vezes, empresários estrangeiros chegam ao Brasil com foco apenas em produto, serviço ou networking. Mas se esquecem que a forma como são percebidos antecede qualquer fechamento.
Ter uma marca pessoal coerente, uma presença digital alinhada ao discurso e canais prontos para serem encontrados faz diferença concreta na velocidade com que as parcerias acontecem.
Quando falamos em branding, muitos ainda pensam apenas em estética, logotipo ou redes sociais bonitas. Mas a verdade é que branding é um sistema de percepções que influencia diretamente a tomada de decisão — especialmente no mundo dos negócios e parcerias.
Para empresários que querem atuar no Brasil com seriedade, recomendo pensar em três níveis de branding que precisam estar em harmonia:
📌 Marca Pessoal
É o que representa quem está por trás do negócio. Aqui entra a clareza da sua visão, da sua história, dos seus valores e de como você se posiciona como líder ou representante de uma proposta.
No Brasil, onde a confiança pesa muito na balança, a marca pessoal é o primeiro filtro de credibilidade.
📌 Marca Profissional
É a reputação que você constrói como especialista, executivo ou representante. Não é apenas quem você é, mas como atua.
Sua formação, suas experiências, os tipos de projetos que liderou e, sobretudo, a consistência do que você entrega e compartilha (especialmente em plataformas como o LinkedIn).
📌 Marca Empresarial
É a forma como a empresa se apresenta:
Clareza de proposta
Posicionamento de mercado
Prova social
Canais oficiais
Material institucional
Uma empresa que não tem site atualizado, redes sociais ativas ou apresentações bem elaboradas perde autoridade mesmo tendo competência.
Essas três marcas não podem se contradizer.
Se o empresário é bem articulado, mas a empresa está invisível, a confiança quebra.
Se a empresa é sólida, mas o fundador não é encontrado em lugar nenhum, a dúvida cresce.
Hoje, credibilidade é um conjunto. E branding é o elo entre intenção e percepção.
Em um cenário tão competitivo como o Brasil, não basta ser bom. É preciso estar preparado para ser percebido como tal.
Se sua empresa está se posicionando para fazer negócios ou parcerias aqui, comece garantindo que:
sua marca pessoal comunica confiança,
sua marca profissional reflete preparo, e
sua marca empresarial esteja clara e acessível.
Confiança não é um pedido. É uma construção.
E é exatamente nisso que posso te ajudar.
Se quiser discutir estratégias específicas para fortalecer sua presença digital e aumentar sua credibilidade no Brasil, estou à disposição, envie-me uma mensagem pelo whatsapp aqui ou e-mail para info@machado.digital